A notícia: a intensificação da repressão na China fez com que os preços das criptomoedas despencassem. A China vem a aumentar o seu aperto regulatório sobre criptomoedas há algum tempo, mas agora parece provável que mais de 90% da capacidade de mineração de Bitcoin no país será contida, de acordo com um relatório do Global Times, publicado pelo estado chinês. No dia 18 de junho, autoridades da província de Sichuan, no sudoeste do país, ordenaram que os mineiros de criptomoedas da região parassem de operar.
No dia 21, o banco central da China anunciou que estava a ordenar aos bancos que reprimissem o comércio de criptomoedas.
Os efeitos: no mesmo dia, o preço da Bitcoin despencou para US $31.333 — caiu 20% em meados do mesmo mês — em meio às incertezas crescentes sobre o seu futuro. Outras criptomoedas também despencaram, e o valor de todo o mercado caiu 12% nos dias decorrentes, de acordo com a plataforma de troca de criptomoedas CoinBase. Esses eventos também afetam os preços do hardware. Os consumidores chineses que buscam comprar placas gráficas, que são componentes essenciais para a mineração de Bitcoin, encontraram preços muito mais baixos nos últimos dias. Alguns preços caíram até 66%, de acordo com o South China Morning Post.
Porquê agora: a China vê as criptomoedas, que são descentralizadas e não regulamentadas, como uma ameaça. O seu banco central disse que “perturbaram a ordem normal da economia” e “aumentaram os riscos de transferências internacionais ilegais de ativos e atividades ilegais, como lavagem de dinheiro”. A empresa planeia tornar-se o primeiro país a lançar a sua própria moeda digital oficial, o e-yuan.
Outra alternativa: a mineração de Bitcoin não vai parar por causa da repressão da China. Em vez disso, as operadoras mudar-se-ão para outro lugar. O Texas tem sido apontado como um destino que poderia se beneficiar das novas restrições na China, graças ao seu ambiente regulatório relativamente brando e eletricidade barata.